quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

No caminho

Grande parte da população parece estar tão conformada com os desmandos, com o "desgoverno", que prefere permanecer muda diante das penúrias que a envolvem.
É válido, pois, citar um trecho do poema No Caminho com Maiakóvski, de Eduardo Alves da Costa,
escrito durante os Anos de Chumbo do Brasil:


Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

O transporte público é só mais um dos lastimáveis "desserviços"
prestados ao povo (não só) portovelhense. E é claro que a mudança
vem galgada em vários detalhes, como:
- A melhoria da malha viária, que
faz com que os veículos tenham baixíssima durabilidade e faz pesar os
custos no bolso do contribuinte;
- A construção dos terminais de integração;
- O investimento em veículos bem equipados, indo do ar-condicionado
à acessibilidade em toda a frota.

Não nos calemos diante dos cancros que persistem em nos acompanhar.
Urremos por melhorias e mudanças JÁ!

Um comentário:

  1. E isso ae amigos, ATITUDE nos temos , será que nao da espaço para o entendimento com esse "coronéis"?! pelo menos uma vantagens o usuário do transporte coletivo deve ter,pois e uma das taxas mais cara do Brasil.

    Bruno José - ULTiMATO

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